CAPES
A CAPES – Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior, órgão vinculado ao Ministério da Educação, desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação. É notório que os resultados da avaliação dos programas de pós-graduação servem de base para a formulação de políticas para a área de pós-graduação, bem como para o dimensionamento das ações de fomento (bolsas de estudo, auxílios, apoios).
O sistema de avaliação da CAPES é continuamente aperfeiçoado e serve de instrumento para a comunidade universitária na busca de um padrão de excelência acadêmica para os mestrados e doutorados nacionais. A CAPES tem sido decisiva para os êxitos alcançados pelo sistema nacional de pós-graduação, tanto no que diz respeito à consolidação do quadro atual, como na construção das mudanças que o avanço do conhecimento e as demandas da sociedade exigem.
QUALIS
QUALIS é o conjunto de procedimentos utilizados pela CAPES para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação. Foi concebido para atender as necessidades específicas do sistema de avaliação e é baseado nas informações fornecidas por meio do aplicativo Coleta de Dados. Como resultado, disponibiliza uma lista com a classificação dos periódicos utilizados pelos programas de pós-graduação para a divulgação da sua produção.
A função do QUALIS é exclusivamente para avaliar a produção científica dos programas de pós-graduação. Qualquer outro uso fora do âmbito da avaliação dos programas de pós-graduação não é de responsabilidade da CAPES. A estratificação da qualidade dessa produção é realizada de forma indireta. Dessa forma, o QUALIS afere a qualidade dos artigos e de outros tipos de produção, a partir da análise da qualidade dos veículos de divulgação, ou seja, periódicos científicos.
QUALIS-PERIÓDICOS
O QUALIS Periódicos está dividido em oito estratos, em ordem decrescente de valor: A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C. Os quatro primeiros estratos ficaram assim classificados:
A1- Fator de Impacto igual ou superior a 3,800;
A2- Fator de Impacto entre 3,799 e 2,500;
B1- Fator de Impacto entre 2,499 e 1,300;
B2- Fator de Impacto entre 1,299 e 0,001.
Para ser incluído nos quatro estratos superiores, o periódico deve ter fator de impacto medido pelo INSTITUTE FOR SCIENTIFIC INFORMATION (ISI).
A classificação de um periódico em cada um desses estratos baseia-se em alguns princípios:
- a posição do periódico na escala depende do seu fator de impacto;
- o número de periódicos A1, que é o estrato superior da escala, deve ser inferior ao de A2;
- a soma de A1 + A2 deve corresponder a, no máximo, 26% dos periódicos em que a área publicou artigos no triênio anterior;
- A1 + A2 + B1 não pode ultrapassar 50% de todos os periódicos do triênio anterior.
O indicador para classificar os periódicos B3, B4 e B5 (que não possuem fator de impacto) é a base de dados em que os mesmos estão indexados. Conforme abaixo:
- Indexação de periódicos em bases internacionais, de amplo acesso e veiculação, confere classificação mais elevada. Exemplo: os periódicos indexados no Medline/PubMed são classificados como B3;
- Versões eletrônicas de periódicos indexados no ISI, mas que ainda não possuam sua própria indexação, são classificados como B3;
- Periódicos indexados no SciElo são classificados como B4;
- Periódicos indexados no LILACS, LATINDEX ou semelhantes são classificados como B5.
Ressaltamos que os periódicos que fogem dos padrões citados acima acima para a área são classificados no estrato C e não recebem pontuação. Em resumo, os periódicos pela classificação QUALIS estão distribuídos em oito estratos, a saber:
A1 – o mais elevado com Fator de Impacto igual ou superior a 3,800;
A2 – Fator de Impacto entre 3,799 e 2,500;
B1 – Fator de Impacto entre 2,499 e 1,300;
B2 – Fator de Impacto entre 1,299 e 0,001;
B3 / B4 / B5 – São indexados em bases MEDLINE, SCIELO, LILACS etc, mas sem Fator de Impacto;
C – Relevante, porém com peso zero. Tal classificação foi criada para que seja possível a inclusão de produções intelectuais que não enquadrem nos padrões de classificação e estratificação dos periódicos entre A1 – B5.
A Classificação de periódicos passa por processo anual de atualização. É realizada pelas áreas de avaliação que enquadram esses periódicos em estratos indicativos da qualidade. Importante atentar-se que o mesmo periódico, ao ser classificado em duas ou mais áreas distintas, pode receber diferentes avaliações. Isto não constitui inconsistência, mas expressa o valor atribuído, em cada área, e a pertinência do conteúdo veiculado. A ferramenta que permite a classificação e consulta ao QUALIS das áreas, bem como a divulgação dos critérios utilizados para a classificação de periódicos é o WEBQUALIS.
Referências
BARATA, R. B. A ABRASCO e a pós-graduação stricto sensu em Saúde Coletiva. In: LIMA, N. T.; SANTANA, J. P.; PAIVA, C. H. A. (Eds.) Saúde Coletiva: a ABRASCO em 35 anos de história. Rio de Janeiro: Fiocruz/ Abrasco, 2015.
Classificação da Produção Intelectual. Fundação CAPES. Ministério da Educação. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de-apoio/classificacao-da-producao-intelectual>. Acesso em: 24 jul. 2017.
COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR – CAPES. WEBQUALIS CAPES. Disponível em: <https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/> . Acesso em: 26 jul. 2017.